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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Salário mínimo nominal e necessário

Período
Salário mínimo nominal
Salário mínimo necessário
2010
Março
R$ 510,00
R$ 2.159,65
Fevereiro
R$ 510,00
R$ 2.003,30
Janeiro
R$ 510,00
R$ 1.987,26
2009
Dezembro
R$ 465,00
R$ 1.995,91
Novembro
R$ 465,00
R$ 2.139,06
Outubro
R$ 465,00
R$ 2.085,89
Setembro
R$ 465,00
R$ 2.065,47
Agosto
R$ 465,00
R$ 2.005,07
Julho
R$ 465,00
R$ 1.994,82
Junho
R$ 465,00
R$ 2.046,99
Maio
R$ 465,00
R$ 2.045,06
Abril
R$ 465,00
R$ 1.972,64
Março
R$ 465,00
R$ 2.005,57
Fevereiro
R$ 465,00
R$ 2.075,55
Janeiro
R$ 415,00
R$ 2.077,15
2008
Dezembro
R$ 415,00
R$ 2.141,08
Novembro
R$ 415,00
R$ 2.007,84
Outubro
R$ 415,00
R$ 2.014,73
Setembro
R$ 415,00
R$ 1.971,55
Agosto
R$ 415,00
R$ 2.025,99
Julho
R$ 415,00
R$ 2.178,30
Junho
R$ 415,00
R$ 2.072,70
Maio
R$ 415,00
R$ 1.987,51
Abril
R$ 415,00
R$ 1.918,12
Março
R$ 415,00
R$ 1.881,32
Fevereiro
R$ 380,00
R$ 1.900,31
Janeiro
R$ 380,00
R$ 1.924,59
2007
Dezembro
R$ 380,00
R$ 1.803,11
Novembro
R$ 380,00
R$ 1.726,24
Outubro
R$ 380,00
R$ 1.797,56
Setembro
R$ 380,00
R$ 1.737,16
Agosto
R$ 380,00
R$ 1.733,88
Julho
R$ 380,00
R$ 1.688,35
Junho
R$ 380,00
R$ 1.628,96
Maio
R$ 380,00
R$ 1.620,64
Abril
R$ 380,00
R$ 1.672,56
Março
R$ 350,00
R$ 1.620,89
Fevereiro
R$ 350,00
R$ 1.562,25
Janeiro
R$ 350,00
R$ 1.565,61
2006
Dezembro
R$ 350,00
R$ 1.564,52
Novembro
R$ 350,00
R$ 1.613,08
Outubro
R$ 350,00
R$ 1.510,00
Setembro
R$ 350,00
R$ 1.492,69
Agosto
R$ 350,00
R$ 1.442,62
Julho
R$ 350,00
R$ 1.436,74
Junho
R$ 350,00
R$ 1.447,58
Maio
R$ 350,00
R$ 1.503,70
Abril
R$ 350,00
R$ 1.536,96
Março
R$ 300,00
R$ 1.489,33
Fevereiro
R$ 300,00
R$ 1.474,71
Janeiro
R$ 300,00
R$ 1.496,56
2005
Dezembro
R$ 300,00
R$ 1.607,11
Novembro
R$ 300,00
R$ 1.551,41
Outubro
R$ 300,00
R$ 1.468,24
Setembro
R$ 300,00
R$ 1.458,42
Agosto
R$ 300,00
R$ 1.471,18
Julho
R$ 300,00
R$ 1.497,23
Junho
R$ 300,00
R$ 1.538,56
Maio
R$ 300,00
R$ 1.588,80
Abril
R$ 260,00
R$ 1.538,64
Março
R$ 260,00
R$ 1.477,49
Fevereiro
R$ 260,00
R$ 1.474,96
Janeiro
R$ 260,00
R$ 1.452,28

Salário mínimo nominal: salário mínimo vigente.

Salário mínimo necessário: Salário mínimo de acordo com o preceito constitucional "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim" (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV). Foi considerado em cada Mês o maior valor da ração essencial das localidades pesquisadas. A família considerada é de dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto. Ponderando-se o gasto familiar, chegamos ao salário mínimo necessário.

Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos

29/04/2010


O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.

Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.

A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.

Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.

Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.

Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.

Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!


Postado por Emir Sader às 06:46
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=459

terça-feira, 20 de abril de 2010

Seção IV –
A produção da Mais-Valia Relativa
Cap X – O conceito de Mais-Valia Relativa
Cap XI – Cooperação
Cap XII – Divisão do Trabalho e Manufatura
Cap XIII – Maquinária e Grande Indústria

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Apresentação do Cap II ao VII do Capital (Marx)

Cap II - O processo de Troca
Troca = uma relação social entre pessoas;
A troca na relação de valor de uso tem uma aspecto individual, enquanto valor ela tem um conteúdo social;
Equivalente geral – o dinheiro
A determinação do valor dinheiro

Cap III – O dinheiro ou a circulação de Mercadorias
1 – Medidas de Valores;
2 – Meio de circulação;
3 – Dinheiro

Medidas de valores
“ não é por meio do dinheiro que as mercadorias se tornam comensuráveis” (p. 87)
“dinheiro como medida de valor, é forma necessária de manifestação da medida imanente do valor das mercadorias: o tempo de trabalho” (p. 87
“Em sua função de medida de valor, o dinheiro serve, portanto, como dinheiro apenas imaginário ou ideal” (p.88)

Padrão de medida
“como tais quantidades de ouro, elas se comparam e medem entre si e se desenvolve tecnicamente a necessidade de relacioná-las a um quantum fixado de ouro como sua unidade de medida. Essa mesma unidade de medida, por meio de posterior divisão em partes alíquotas, é transformada em padrão de medida” (p. 89)

Funções do dinheiro
É medida de valores por ser a encarnação social do trabalho humano. Serve, dessa forma, para transformar os valores das mais variadas mercadorias em preços, em quantidades imaginárias de ouro;
Padrão de preços por ser um peso fixado em de metal, serve para medir a quantidade de ouro que é relacionada com a mercadoria

Denominações monetárias
As denominações monetárias dos pesos metálicos se desligam de sua denominações originais de peso por diferentes motivos:
1 – Introdução do dinheiro estrangeiro;
2 – com o desenvolvimento da riqueza o metal menos nobre é deslocado da função de medida de valor pelo mais nobre;
3 – Falsificação de dinheiro (inclusive pelos soberanos)

A forma preço
“A forma preço não só admite a possibilidade de incongruência quantitativa entre grandeza de valor e preço, isto é, entre a grandeza de valor e sua própria expressão monetária, mas pode encerrar uma contradição qualitativa, de modo que o preço deixa de todo de ser expressão do valor, embora dinheiro seja apenas a forma valor das mercadorias.” (p. 92)

Meio de circulação
A metamorfose das mercadorias
“o processo de circulação não se extingue como o intercâmbio direto de produtos, ao mudarem de lugar ou de mãos os valores de uso. O dinheiro não desaparece, ao sair, finalmente, da série de metamorfose de uma mercadoria. Ele sempre se deposita em algum ponto da circulação abandonado pelas mercadorias.” (p. 99)
b) Curso do dinheiro
Ficar constantemente na circulação
Quanto de dinheiro a esfera absorve?

Volume de dinheiro = ______________
c) A moeda. O signo do valor
“ Se o próprio curso do dinheiro desassocia o conteúdo real do conteúdo nominal da moeda, sua existência metálica da sua existência funcional, ele já contém latentemente a possibilidade de substituir o dinheiro metálico em sua função moeda por senhas de outro material ou por símbolos” (p.108)

3 – dinheiro
A) entesouramento;
B) meio de pagamento;
C) dinheiro mundial

Seção II - Transformação do dinheiro em capital

Cap IV – Transformação do dinheiro em capital
1 – A fórmula geral do capital;

2 – Contradições da fórmula geral;

3 – Compra e venda da força de trabalho

A circulação de mercadorias é o ponto de partida do capital. Produção de mercadorias e circulação desenvolvida de mercadorias, comércio são os pressupostos históricos sob os quais ele [o capital] surge.
O dinheiro é a primeira forma de aparição do capital
Dinheiro como dinheiro e dinheiro como capital diferenciam-se primeiro por sua forma diferente de circulação

Quais as diferenças das circulação M-D-M e D-M-D?
A primeira visa a satisfação das necessidades, o dinheiro atua como intermédiario;
A segunda visa dinheiro, a mercadoria é um meio para alcançar mais dinheiro

As contradições da fórmula geral
“A forma de circulação, pela qual o dinheiro se revela como capital, contradiz todas as leis anteriormente desenvolvidas sobre a natureza da mercadoria, do valor, do dinheiro e da própria circulação” (p. 131)
“ Mercadorias podem chegar a ser vendidas por preços que se desviam de seus valores, mas esse desvio aparece como violação da lei da troca de mercadorias. Em sua figura pura, ela é uma troca de equivalentes, portanto não um meio de enriquecer em valor “ (p. 133)

As contradições da fórmula geral
“Se mercadorias ou mercadorias e dinheiro de igual valor de troca, portanto equivalentes, são trocados, então evidentemente ninguém tira da circulação mais do nela lança. Então não ocorre nenhuma formação de mais-valia” (p. 134)


A importância da circulação na formação da mais-valia?
“ A circulação é a soma de todas as relações recíprocas dos possuidores de mercadorias. Fora da mesma o possuidor de mercadoria só está ainda em relação com sua própria mercadoria (...) É, portanto, impossível que o produtor de mercadorias, fora da esfera de circulação, sem entrar em contato com outros possuidores de mercadorias, valorize valor e, daí, transforme dinheiro ou mercadoria em capital” (p. 138)

Primeira conclusão


A grande questão?
“A transformação do dinheiro em capital tem de ser desenvolvida com base em leis imanentes ao intercambio de mercadorias, de modo que a troca de equivalentes sirva de ponto de partida” (p. 138)

Onde procurar a origem da Mais-valia?
“A transformação do dinheiro em capital tem de ser desenvolvida com base nas leis imanentes ao intercâmbio de mercadorias, de modo que a troca de equivalentes sirva de ponto de partida. Nosso possuidor de dinheiro, por enquanto ainda presente apenas como capitalista larvar, tem de comprar as mercadorias por seu valor, vendê-las por seu valor e, mesmo assim, extrair no final do processo mais valor do que lançou nele” (p. 138)


A mercadoria especial
A Força de Trabalho (FT) é a mercadoria específica que o possuidor de dinheiro procurava e vai resolver a questão, produzir valor e mais-valor sem transgredir as leis da circulação e do valor porque
“o trabalho passado que a força de trabalho contém, e o trabalho vivo que ela pode prestar, seus custos diários de manutenção e seu dispêndio diário, são duas grandezas inteiramente diferentes” (p. 159)


2 condições para que o dinheiro encontre a FT como mercadoria
1 – a FT deve ser propriedade do seu possuidor ;
2 – a possuidor estar desassociado dos Meios de Produção ao ponto que para sobreviver tenha que vender sua FT

Para transformar dinheiro em... ...
... Capital, o possuidor de dinheiro precisa encontrar, portanto, o trabalhador livre no mercado de mercadorias, livre no duplo sentido de que ele dispõe, como pessoa livre, de sua força de trabalho como sua mercadoria, e de que ele, por outro lado, não tem outras mercadorias para vender, solto e solteiro, livre de todas as coisas necessárias à realização de sua força de trabalho.” (p. 140)
Como é determinado o valor da FT?

“É determinado pelo tempo de trabalho necessário à produção, portanto também reprodução, desse artigo específico (...) Para sua manutenção, o indivíduo precisa de certa soma de meios de subsistência. O tempo de trabalho necessário à produção desses meios de subsistência ou o valor da força de trabalho necessário é o valor dos meios de subsistência necessários à manutenção do seu possuidor” ( p. 141)
A determinação cultural do valor da FT

“ o âmbito das assim chamadas necessidades básicas, assim como o modo de sua satisfação, é ele mesmo um produto histórico e depende, por isso, grandemente do nível cultural de um país, entre outras coisas também essencialmente sob que condições, e, portanto, com que hábitos e aspirações de vida, se constitui a classe dos trabalhadores livres. Em antítese ás outras mercadorias, a determinação do valor da FT contém, por conseguinte, um elemento histórico e moral” (p. 141)

O valor da FT
Deve incluir as necessidades de manutenção dos filhos;
Os custos de formação da FT

Como funciona o dinheiro na compra de FT?
No caso das mercadorias o dinheiro funciona como meio de pagamento pois só se paga ao trabalhador após a jornada de trabalho

A origem da mais-valia
“O processo de consumo da força de trabalho (FT) é, simultaneamente, o processo de produção de mercadoria e de mais-valia” (p.144)
“O consumo da força de trabalho, como o consumo de qualquer outra mercadoria ocorre fora do mercado ou da esfera de circulação” (p.144)

A origem da mais -valia
A diferença entre D e D’ é a mais-valia
A circulação não gera mais-valia, mas etapa necessária para o processo de criação
A mais-valia é criada no processo de produção

CAP V – Processo de Trabalho
A utilização da FT é o próprio trabalho. O comprador da força de trabalho a consome ao fazer trabalhar o vendedor dela.
O processo de trabalho deve ser considerado de início independente de qualquer forma social determinada

O que é trabalho?

Qual a distinção entre o trabalho humano e o trabalho animal?

Quais os elementos simples do processo de trabalho

Qual a peculiaridade do processo de trabalho sob o julgo do capital?
“O trabalhador trabalha sob o controle do capitalista (....) O capitalista cuida de que o trabalho se realize em ordem e os meios de produção sejam empregados conforme seus fins, portanto, que não seja desperdiçada matéria-prima e que o instrumento de trabalho seja preservado.” (p. 154)
O produto é propriedade do capitalista e não do produtor direto

O processo de valorização
O Objetivo do capitalista é:
Produzir um valor de uso que tenha valor de troca, um artigo destinado para venda;
Ele quer produzir uma mercadoria cujo valor seja mais alto que a soma dos valores das mercadorias exigidas para produzi-la, para as quais adiantou um bom dinheiro
Quer produzir valor de uso, valor e mais-valia

Dinheiro transforma-se em Capital
O valor da ft e sua valorização no processo de trabalho são, portanto, duas grandezas distintas
O trabalhador encontra na oficina os meios de produção necessários para um processo de trabalho não de 6 horas, mas de 12 horas


Capital constante
Todos os instrumentos, máquinas, prédios e matérias-primas – todos eles representando meios não-humanos de produção. Era chamado de constante porque estas mercadorias só transferiam seu próprio valor ao valor do produto final. Daí o fato de o valor incorporado a estes meios de produção permanecer constante, quando transmitido a um produto.” (Hunt, 1989, p. 236)
Matérias auxiliares e meios de trabalho
“Matéria-prima constitui a substãncia do produto, mas mudou a sua forma. Matéria-prima e matérias auxiliares perdem, portanto, a figura independente com que entram no processo de trabalho como valores de uso. Isso é diferente com os meios de trabalho propriamente ditos” (p. 167)

Capital variável
Definido como a força de trabalho que o capitalista comprava.
Tempo de trabalho necessário e excedente
“A parte da jornada de trabalho, portanto, em que sucede essa reprodução, eu chamo de tempo de trabalho necessário, e de trabalho necessário o trabalho despendido durante esse tempo. Necessário ao trabalhador, por ser independente da forma social de seu trabalho” (p. 176)
“O Segundo período do processo de trabalho em que o trabalhador labuta além dos limites do trabalho necessário, embora lhe custe trabalho, dispêndio de força de trabalho, não cria para ele nenhum valor. Ela gera a mais-valia que sorri ao capitalista com todo o encanto de uma criação do nada. Essa parte da jornada de trabalho chamo de trabalho excedente, o trabalho despendido nela: mais trabalho” (p. 176)

Taxa de mais-valia
Uma expressão exata do grau de exploração da força de trabalho pelo capital ou do trabalhador pelo capitalista

Tx de Mais-valia = ________ ou


Tx de Mais-valia = _________

Exercício 3

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Colegiado do Curso de Ciências Econômicas – CCE
Professor: Gildásio Santana Junior
Período Letivo: 2010.1 15/04/2010

Exercícios

1. Discorra sobre as seguintes fórmulas: M-D-M, D-M-D, D-M-D' e
D-M....P.... M'-D'

2.Para a fabricação de dez toneladas de fio que será vendido no mercado por R$ 15,00, precisa-se de matéria-prima (10 toneladas de algodão, ao custo de R$ 10,00), meios de trabalhos e força de trabalho. Suponhamos que a massa de fusos desgastada no processamento do algodão representa, para nós, todos os outros meios de trabalhos empregados (custe R$ 2,00). A relação técnica de produção indica que em 1 hora se fia 1 2/3 tonelada de fio. Considerando ainda que o custo da FT é de R$ 3,00 por uma jornada de trabalho de 12 h, qual a mais valia gerada no processo de produção? Justifique a sua

3.Quais as funções do dinheiro segundo Marx?

4.Quais as contradições da fórmula geral de circulação de mercadorias?

5.Explique o seguinte paradoxo: ““ Capital não pode, portanto, originar-se da circulação e, tampouco, pode não originar-se da circulação. Deve, ao mesmo tempo, originar-se e não se originar dela” (p. 138)

6.Quais as condições sócio-históricas que tem de acontecer para que o dinheiro (capital) encontre a força de trabalho disponível no mercado?

7.Como é formado o valor da força de trabalho?

8.Qual a distinção do trabalho humano para o trabalho animal?

9.Qual a peculiaridade do processo de trabalho sob o jugo do capital?

10.Em que consiste o processo de valorização do capital?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Resenha do livro de Gerald Cohen

Gerald Cohen: Em busca de uma alternativa socialista

“O Socialismo”, disse Albert Einstein, é a tentativa da humanidade “superar e sobrepujar a fase predatória da evolução humana”; e, para Gerald. A. Cohen, “todo mercado (...) é um sistema predatório”. Essa é a essência do último livro de Cohen, considerado pelo The Guardian como o maior filósofo político marxista dos nossos dias. O propósito do autor, que morreu em agosto de 2009, é assentar o que chama de as bases “preliminares” - uma tentativa que, afinal, bem poderia chegar a ser derrotada por realidades inexoráveis – de uma alternativa socialista.

Ellen Wood - Sin Permiso

Ellen Melksins Wood resenha o livro póstumo de Gerald A. Cohen “Why not Socialism?” (Princeton, 83 pgs, ISBN 978 0 691 143613).

“O Socialismo”, disse Albert Einstein, é a tentativa da humanidade “superar e sobrepujar a fase predatória da evolução humana”; e, para Gerald. A. Cohen, “todo mercado (...) é um sistema predatório”. Tal é a essência de seu último livro, breve porém incisivo e elegantemente escrito (Cohen morreu em agosto passado). Seu propósito é assentar o que chama de as bases “preliminares” - uma tentativa que, afinal, bem poderia chegar a ser derrotada por realidades inexoráveis – de uma alternativa socialista. É desejável, pergunta-se, e se desejável, factível, construir uma sociedade movida por algo que não seja a predação, que não responda às motivações “mesquinhas”, “baixas”, “repugnantes” do mercado, mas que esteja antes dirigida por um compromisso moral com a comunidade e com a igualdade?

Em seu estilo caracteristicamente lúcido, comprometido e delicadamente humorístico, Cohen começa imaginando um grupo de pessoas numa excursão para um camping. Nessas circunstâncias, sugere que a maioria das pessoas seriam “vigorosamente a favor de uma forma socialista de vida, preferindo-a outras alternativas factíveis”, comportando-se assim, pois, conforme aos princípios de igualdade e de comunidade, muito distintos dos que governam o comportamento normal no mercado. A questão é se esses princípios do acampamento poderiam ou deveriam ser postos em prática por obra do conjunto da sociedade. Na sua opinião, isso seria desejável para evitar os resultados necessariamente injustos dos mecanismos de mercado e as desigualdades que os acompanha. Mas é factivel?

Sobre isso, o veredito está por se pronunciar. É importante, insiste Cohen, distinguir entre dois tipos muito diferentes de obstáculos, os que emanam das limitações da natureza humana e os procedentes das limitações da tecnologia social; e conclui que nosso principal problema não é o egoísmo humano, mas a “carência do que chamamos de tecnologia organizativa adequada”. Trata-se, em outras palavras, de um problema de design. Mas, o fato de que não saibamos como desenhar a maquinaria social que teria de funcionar no socialismo não significa que nunca o poderemos ou que nunca o quereremos.

Cohen foca na idéia do “socialismo de mercado”, um sistema que estaria ainda fundado no mecanismo de preços, mas que evitaria a concentração de capital que gera o grosso das desigualdades do mercado capitalista. Isso, para ele, seria melhor que nada. É “o gênio do mercado que recruta motivações de baixa qualidade para fins desejáveis”; mas, o que os socialistas de mercado esquecem é que também há efeitos indesejáveis e que também esse seu tipo de mercado se orienta conforme esses motivos “mesquinhos”. Assim, pois, ele preferiria seguir buscando um meio de obter efeitos econômicos produtivos fundado em outras motivações.

As preocupações morais da filosofia de Cohen e – na sua análise dos mercados – e sua ênfase na moralidade das motivações poderiam parecer, à primeira vista, muito distantes; até diametralmente opostos à obra com que começou a se tornar conhecido: Karl Marx's Theory of History: A Defense (1978). O necrológio de Cohen publicado no The Guardian, em que ele é descrito como “comprovadamente o principal filósofo político da esquerda”, falou desse livro como de uma “reinterpretação revolucionária da teoria marxista”. Na realidade, o que Cohen produziu foi algo ainda mais audacioso. Era menos uma reinterpretação de Marx que uma defesa cerrada da interpretação mais ortodoxa.

É verdade, como se disse no Guardian, que aquilo que Cohen e seus colegas “marxistas analíticos” gostavam de chamar de o “no-bullshit Marxism” ou o “marxismo não charlatão”(1) arrastaram a teoria marxista para o vão da “ciência social burguesa da corrente principal”, aplicando-lhe as técnicas linguísticas e lógidas da filosofia analítica; só isso já era uma façanha. A teoria que ele defendia, cuja substância era um determinismo tecnológico, devia menos a Marx que a intérpretes posteriores, como Georgi Plejánov; mas terminou sendo tomada como a essência do materialismo histórico, no modo como o entendiam tanto os ideólogos dos partidos comunistas quanto os antimarxistas mais furibundos. O que tornou o projeto de Cohen ainda mais notório foi que, na época em que publicou sua defesa, essa ortodoxia tinha sido vigorosamente desafiada por historiadores que trabalhavam na tradição marxista, desde E.P.Thompson a Robert Brenner; e o velho determinismo tecnológico já tinha cedido espaço a interpretações muito diferentes de Marx.

É verdade que, uma vez descoberto, não é provável que todo progresso chegue a desaparecer por completo. Mas a compulsão primordial de melhorar constantemente as forças técnicas de produção não é uma lei geral da história. É, para bem ou para o mal, uma característica específica de uma forma social, o capitalismo. Seu modo particular de exploração, à diferença de quaisquer outro gera, como condição mesma de sua sobrevivência, uma compulsão implacável de melhorar a produtividade e, assim, de rebaixar os custos do trabalho, a fim de satisfazer e maximizar o lucro.

Embora as inevitabilidades históricas do determinismo tecnológico de Cohen tenham sido traduzidas por outros marxistas analíticos na linguagem da “eleição racional”, parecia haver nesse determinismo pouca margem para a eleição moral ou para as motivações morais, como forças históricas dinâmicas. Sem embargo, sua carreira intelectual subsequente se consagrou na questão da justiça e da igualdade socialistas, que estão no núcleo de seu último livro. Pareceria um caminho distante desde sua peculiar variedade de marxismo; e, visto que terminou descrevendo a si mesmo como um “ex-marxista”, poderíamos nos ver tentados a deixar as coisas assim, limitando-nos a concluir que, tendo repudiado o marxismo, e com ele quaisquer ilusões sobre o curso necessário da história, restou livre para pensar sobre o socialismo, não em termos de algo historicamente inevitável, mas como uma opção moral.

As coisas, porém, não são simples assim. Se contrastarmos o marxismo de Cohen com outras versões disponíveis, o que salta aos olhos é a congruência entre seu precoce determinismo tecnológico e sua filosofia moral dos últimos anos de vida. Não só porque seguiu apaixonadamente compromissado, como ex-marxista não menos que como marxista ortodoxo, com os valores socialistas e em especial com a igualdade. O certo é que sua teoria da história também está conectada com sua filosofia moral, no sentido de que ambas, afinal, são a-históricas. Isso é óbvio o suficiente quando referido nas abstrações da filosofia analítica, mas parece algo estranho se atribuído a uma teoria da história. O fato é que resulta extremamente difícil sustentar esse tipo de determinismo transhistórico [em termos kantianos, transcendental], sem se desinteressar dos processos históricos: não só das particularidades e das contingências do tempo e lugar, mas dos princípios diferencialmente operantes em cada modo específico de organizar a vida social.

(1) Bullshit é expressão da língua inglesa falada nos EUA e muito popular, que o filósofo Harry Frankfurt tomou de empréstimo para se referir a trabalhos intelectuais que não são exatamente nem falsários nem mentirosos, mas algo ainda pior, porque o falsário ou mentiroso são capazes de distinguir o verdadeiro do falso, ao passo que o bullshiter perdeu até essa capacidade.

(*) Ellen Meiksins Wood foi durante muitos anos professora de ciência política e filosofia na York University de Toronto, Canadá e também fez parte do comitê editorial da New Left Review. Entre 1997 e 2000 co-editou, junto com Paul Sweezy e Harry Magdoff, a revista estadunidense Monthlly Review. De orientação marxista, Wood publicou recentemente: “Citizens to Lords: A Social History of Western Political Thought from Antiguity to Middle Ages (Verso, London, 2008), The Origin of Capitalism: A Longer View (Verso, London, 2002). No Brasil, a Boitempo Editorial publicou Democracia contra Capitalismo: A Renovação do Materialismo Histórico, em 2003.

Tradução: Katarina Peixoto


Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16528

sábado, 10 de abril de 2010

Exercícios 2

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Colegiado do Curso de Ciências Econômicas – CCE
Professor: Gildásio Santana Junior
Disciplina Economia Política I Período Letivo: 2010.1 29/03/2010


Exercícios

1.Como Marx conceitua valor de uso?
2.Como Marx conceitua valor de troca?
3.O que é valor para Marx?
4.Como se mede a grandeza do valor na perspectiva de Marx?
5.Comente a seguinte afirmação: “Se o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho dispendido durante sua produção, isto quer dizer que quanto mais preguiçoso ou inábel seja o homem, tanto maior o valor de sua mercadoria, pois mais tempo ele necessita para terminá-la?”.
6.Como Marx conceitua força produtiva do trabalho? E qual a sua relação com a grandeza do valor?
7.Um produto pode ser valor de uso sem ser valor? Explique e exemplifique.
8.Quais são as condições para um produto se transformar em mercadoria?
9.Discorra sobre a forma valor ou valor e troca
10.Como Marx conceitua o fetichismo?